sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Guantánamo



Campo de Detenção da Baía de Guantánamo: Encerramento, JÁ!

 

Imagem retirada de um documentário britânico dirigido por Michael Winterbottom (2006) que retrata esta realidade – “Road To Guantánamo”

Guantánamo, cidade do sudeste de Cuba, encontra-se ocupada por um estabelecimento prisional militar do EUA, oficialmente designado por “Campo de Detenção da Baía de Guantánamo”.
No que diz respeito às condições e características da detenção de indivíduos, trata-se de uma área excluída do controlo internacional. Os prisioneiros são mantidos num local em que, com o conhecimento de toda a comunidade internacional (que tem vindo a manifestar uma crescente indignação), os seus direitos humanos mais básicos são violados diariamente.
Há onze anos atrás chegaram os primeiros prisioneiros a Guantánamo, estando 779 contabilizados até aos dias de hoje. Desde Janeiro de 2002, após o ataque terrorista de 11 de Setembro contra as Torres Gémeas, regista-se um elevado número de detenções (sobretudo de civis afegãos e iraquianos) por “suspeita” de vínculo aos movimentos Taliban e Al-Quaeda. No entanto, do número de pessoas que passaram pela Baía de Guantánamo, sabe-se que apenas sete prisioneiros foram julgados, por comissões militares e fora dos padrões internacionais para julgamentos justos. Nas estatísticas destes prisioneiros encontramos ainda nove mortes, sete por suicídio.
O documentário “Inside Guantanamo”, exibido pelo National Geographic Channel, entre outros media independentes, divulgam os crimes perpetrados neste universo prisional, de onde se destacam múltiplas formas de tortura e violência, como o transporte dos detidos em jaulas, simulação de afogamento, situações de abuso sexual e espancamento, detenção de crianças e desrespeito à ideologia e prática religiosa de cada (obrigando prisioneiros a observar a assistir a profanações do Alcorão).
Desde que Obama se encontra no poder terá realizado a promessa de fechar Guantámo (tendo assinado um decreto-lei para encerrar este estabelecimento prisional em 2009), compromisso que nunca chegou a cumprir. Deste modo, apelamos ao cumprimento da palavra do presidente norte-americano, na medida em que estão ainda 166 prisioneiros neste estabelecimento prisional a (sobre)viver em condições humanas degradantes, sendo em grande parte cidadãos do Iémen (onde se vive atualmente um movimento de revolução contra a ditadura local). Todos estes indivíduos devem ser libertados ou levados a um julgamento justo.


Para factos e números sobre os 11 anos da existência de Guantánamo consultar na página da AI, clique aqui.


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