Campo de
Detenção da Baía de Guantánamo: Encerramento, JÁ!
Imagem retirada de um documentário
britânico dirigido por Michael Winterbottom (2006) que retrata esta realidade –
“Road To Guantánamo”
Guantánamo, cidade do sudeste de Cuba, encontra-se
ocupada por um estabelecimento prisional militar do EUA, oficialmente designado
por “Campo de Detenção da Baía de Guantánamo”.
No que diz respeito às condições e características da
detenção de indivíduos, trata-se de uma área excluída do controlo
internacional. Os prisioneiros são mantidos num local em que, com o
conhecimento de toda a comunidade internacional (que tem vindo a manifestar uma
crescente indignação), os seus direitos humanos mais básicos são violados
diariamente.
Há onze anos atrás chegaram os primeiros prisioneiros a
Guantánamo, estando 779 contabilizados até aos dias de hoje. Desde Janeiro de
2002, após o ataque terrorista de 11 de Setembro contra as Torres Gémeas,
regista-se um elevado número de detenções (sobretudo de civis afegãos e
iraquianos) por “suspeita” de vínculo aos movimentos Taliban e Al-Quaeda. No
entanto, do número de pessoas que passaram pela Baía de Guantánamo, sabe-se que
apenas sete prisioneiros foram julgados, por comissões militares e fora dos
padrões internacionais para julgamentos justos. Nas estatísticas destes
prisioneiros encontramos ainda nove mortes, sete por suicídio.
O documentário “Inside
Guantanamo”, exibido pelo National Geographic Channel, entre outros media independentes, divulgam os crimes
perpetrados neste universo prisional, de onde se destacam múltiplas formas de
tortura e violência, como o transporte dos detidos em jaulas, simulação de
afogamento, situações de abuso sexual e espancamento, detenção de crianças e
desrespeito à ideologia e prática religiosa de cada (obrigando prisioneiros a
observar a assistir a profanações do Alcorão).
Desde que Obama se encontra no poder terá realizado a
promessa de fechar Guantámo (tendo assinado um decreto-lei para encerrar este
estabelecimento prisional em 2009), compromisso que nunca chegou a cumprir. Deste
modo, apelamos ao cumprimento da palavra do presidente norte-americano, na
medida em que estão ainda 166 prisioneiros neste estabelecimento prisional a
(sobre)viver em condições humanas degradantes, sendo em grande parte cidadãos
do Iémen (onde se vive atualmente um movimento de revolução contra a ditadura
local). Todos estes indivíduos devem ser libertados ou levados a um julgamento
justo.
Para factos e
números sobre os 11 anos da existência de Guantánamo consultar na página da AI, clique aqui.
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