segunda-feira, 25 de outubro de 2010

17 de Outubro - Dia da Erradicação da Pobreza




O NAIC fará uma recolha de necessidades de algumas instituições locais para comemorar este dia através da recolha de materiais (comida, roupa, brinquedos) para entregar às mesmas. 

A actividade será feita fora de prazo pelos atrasos nos contactos com as entidades de recolha, contudo o NAIC pretende sensibilizar toda a comunidade para a necessidade de contribuir para esta causa. 


Vamos ajudar!


NAIC



10 de Outubro - DIA CONTRA A PENA DE MORTE



Está a decorrer na sala de exposições do IPJ na Cidade de Coimbra, desde o dia 18 Outubro 2010 (a passada Segunda-Feira) uma exposição de trabalhos sobre o Dia Contra a Pena de Morte (10 de Outubro). Os trabalhos foram maioritariamente elaborados por alunos do Instituto Pedro Hispano (Granja do Ulmeiro) a quem procuramos sensibilizar para esta temática.

Para além de ver os desenhos expostos será possível ler sobre casos de condenamento a pena de morte, obter informação através de panfletos e assinar petições contra a pena de morte na mesa do núcleo presente na sala.


Visitem-nos!

NAIC



DIA CONTRA A PENA DE MORTE


por Joana Forte,

NAIC

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pena de morte como crueldade humana


O mundo é cruel – todos o dizemos.


Observamos o veneno invadir as notícias pelas televisões e jornais, e alguns de nós observamos o veneno entrar porta a dentro, sem que nada possamos fazer para o contrariar. Na nossa casa, no nosso mundo, descobrimos que já não existe o mundo grande onde tudo é distante e o mal acontece lá longe onde não nos podem tocar. Não… é este nosso mundo, o mundo outrora grande e agora pequeno que é, e afinal de contas, todo o nosso universo.



A pena de morte viola vários artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Trata-se assim de uma prática discriminatória, da tortura de um Ser Humano, e não oferece maior protecção à sociedade - mas sim mais violência. É uma perigosa arma política, e não olha a meios para atingir os seus fins/objectivos - não considerando a possibilidade de erro/de um julgamento de inocentes, condenados pelo crime de um outro alguém. Constata-se assim, que esta prática já terá tirado, e continuará a fazê-lo até ao despertar da consciência humana, a vida de muitos inocentes, à custa da prática de erros judiciais que não podem ser corrigidos.





Qual o produto da condenação de um criminoso para a sociedade?
A pena de morte não tem um efeito dissuasor superior à prisão perpétua (a investigação comprova-o). 
Então porque continuamos a tirar a vida a Seres Humanos?
Alimenta-se o prazer mórbido de não ser suficiente (e até portador de maior sofrimento) ver alguém acabar-se lentamente sobre si mesmo. 
Onde está a legitimidade de decidir quando é que uma vida deixa de ter valor, quando é que um Ser Humano deixa de ter direito a Existir em sociedade?








Sejamos então não só a nossa própria consciência, questionemos a consciência do mundo, onde se dita que os Direitos Humanos são inalienáveis, percebamos que não podemos retirá-los independentemente do crime que uma pessoa possa alegadamente ter cometido. Todo o Ser Humano é capaz do bem, do mal, da mudança, é capaz de ser justo, de ser injusto, de errar e de acertar.


O Ser Humano é uma caixa de lego completa, que traz todas as peças para construir, e desconstruir (destruir?). 


Se todo o ser Humano é capaz de tanta coisa e tão ambivalente e contraditória, acho que temos sorte, porque nenhum Juíz (humano ou não), sabendo à priori de todas as nossas capacidades benéficas e maléficas, achou por bem condenar-nos à morte logo à nascença, condenar-nos à morte como nós achamos ter o direito de fazer uns com os outros, sabendo o perigo que todos nós podemos constituir. Ou esperem… afinal condenou.


O mundo é cruel – todos o dizemos!





por Bárbara Barata,
NAIC